Discurso de Xi Jinping realizado em 28 de junho de 2013.
Tradução por Ian Cartaxo.
No presente, todos os membros do Partido e pessoas de todos os grupos étnicos na China estão fazendo esforços concentrados pra completar a construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos e realizar o sonho chines de rejuvenescimento nacional. Confrontados pelo presente complexo e imprevisível situação internacional e ardorosas tarefas domésticas de continuar a reformar e desenvolver e manter a estabilidade, nós devemos “estar preparados para conduzir um grande empreendimento com grandes novos recursos históricos.” – Isso é uma citação do relatório político para o 18º Congresso Nacional do PCCh. Com suas profundas conotações, a ideia de “novos recursos históricos” representa uma importante conclusão que vem sendo feita após cautelosa revisão e análise das tendências em desenvolvimento, tanto nacionais quanto estrangeiras.
Para conduzir tão importante empreendimento com muitos novos recursos históricos, e para conquistar os objetivo e tarefas colocadas durante o 18º Congresso Nacional do PCCh, a ênfase deve ser colocada sob nosso Partido e nossos oficiais. Isso significa que nós devemos garantir que o Partido esteja sempre no epicentro da liderança durante o processo histórico de desenvolvimento do socialismo com características chinesas, e nós devemos construir um grande contingente de oficiais de alto calibre.
Nosso Partido sempre dedicou grande importância à seleção e apontamento de pessoas talentosas e íntegras, e sempre resguardou a seleção e apontamento de oficiais como uma questão significação crucial e fundamental para a causa do Partido e do povo. Empregando oficiais adequados representa a chave para a governança. Como nossos ancestrais disseram, “Exaltação das virtudes é fundamental para governança,” e “Empregar oficiais capacitados representa uma das principais prioridades para governança.”
Em anos recentes, comitês partidários e departamentos de organização em todos os níveis implementaram as políticas partidárias em gestão de pessoas, e fizeram um bom trabalho de selecionar e apontar oficiais. Porém, ainda existem alguns problemas dos quais, se não resolvidos apropriadamente, vão desmoralizar tanto os membros do Partido quanto o público geral.
No presente, existem três questões que são de nossa principal preocupação: o que é um bom oficial, como se tornar um bom oficial, e como usar os oficiais certos para o trabalho certo. Boas respostas e soluções apropriadas para as três questões serão a prova de uma boa gestão de pessoal.
Em primeiro lugar, o que é um bom oficial? Isso deveria ser a questão com uma resposta clara e pronta, pois existem claros requerimentos especificados na Constituição do Partido. Todavia, algumas pessoas estão confusas sobre quando elas veem uma má conduta na seleção e apontamento de oficiais, quando oficiais não qualificados são selecionados para algumas localidades, e quando oficiais não qualificados ainda são promovidos, até mesmo contra regulações. Isso demonstra que nós precisamos melhorar nosso trabalho na organização departamental. Se nossa seleção de oficiais levar apenas à confusão sobre os critérios para bons oficiais, fica óbvio que aqueles selecionados serão apenas maus exemplos para o público. Nós devemos refletir mais sobre esse problema!
Falando de forma geral, bons oficiais devem ser profissionais competentes e ter integridade moral. Porém, existem diferentes critérios em diferentes períodos históricos. Durante o período da guerra revolucionária, bons oficiais precisavam ser leais ao Partido, bravos e habilidosos em batalha, e sem medo de sacrificar suas vidas. Durante o período de construção do socialismo, bons oficiais precisavam ser politicamente e profissionalmente competentes. Nos primeiros anos da reforma e abertura, bons oficiais precisaram sustentar as diretrizes, princípios e políticas estabelecidos na Terceira Sessão Plenária do 11º Comitê Central do PCCh, ter conhecimento profissional e serem determinados para encabeçar reformas. No estágio atual, nós requeremos que bons oficiais sejam politicamente confiáveis, profissionalmente competentes e moralmente íntegros, além de terem a confiança do povo.
Em resumo, bons oficiais precisam ser firmes em seus ideais e convicções, dispostos a servir o povo, diligentes no trabalho, prontidão a assumir responsabilidades, honestos e íntegros.
Para serem firmes em seus ideais e convicções significa que os oficiais do Partido devem estimar os imponentes ideais do comunismo, acreditar sinceramente no marxismo, se esforçar sem cessar pelo socialismo com características chinesas, e inabalavelmente encabeçar as teorias básicas, diretrizes, programas, experiência e exigências do Partido.
Ser disposto a servir ao povo significa que oficiais do Partido devem agir como servos do povo, leais ao povo, servi-los de todo coração.
Ser diligente no trabalho significa que oficiais do Partido devem ser dedicados a seu trabalho com pés-no-chão, de maneira pragmática e realista, e tomar medidas sólidas e tangíveis para promover realizações que provem seu valor na prática, sobrevivam ao escrutínio do povo e resistam às provas do tempo.
Ter a prontidão em assumir responsabilidades significa que oficiais do Partido devem aderir aos princípios com a atitude responsável, e devem ter a coragem de assumir ações resolutas em face de problemas maiores de princípio, enfrentando dificuldades de frente em face dos conflitos, dar um passo a frente diante de crises, admitir sua parte em erros, e lutar resolutamente contra más condutas.
Ser honesto e íntegro significa que oficiais do Partido devem adotar uma atitude cautelosa diante do exercício do poder por fazê-lo respeitosamente e mantendo-o sob controle de forma a sustentar sua vida política, e fazer esforços constantes para garantir sua integridade política contra a corrupção.
Essas exigências podem ser fáceis de se entender, mas não são fáceis de se cumprir.
Elas são inclusive exigências importantes que eu reforcei em várias diferentes ocasiões por algum tempo agora. Aqui gostaria de propor uma ênfase especial em dois aspectos: ideais e convicções, e a prontidão para assumir responsabilidades, das quais são questões de grande importância que nossos oficiais estão enfrentando no estágio atual.
Ser firme nos nossos ideais e convicções é o critério supremo para os bons oficiais. Não importa quão competente um oficial é, ele não pode se compreendido como o bom oficial que nós precisamos se ele não for firme em seus ideais e convicções, se não acreditar nem no marxismo nem no socialismo com características chinesas, estando desqualificado politicamente, e sem condições de lidar com tempestuosidades políticas. Apenas aqueles que são firmes em seus ideais e convicções vão adotar uma atitude inequívoca rumo a questões maiores de princípio, construir “corpos duros como diamante” para superar qualquer corrosão, se mantendo destemido ao enfrentar tempestuosidades políticas, firmemente resistir todos os tipos de tentações, e agir de forma confiável e confiante em qualquer momento crítico.
Ideais e convicções se referem às aspirações do povo. Como um de nossos ancestrais disse, “Aspirações podem alcançar qualquer lugar por mais longe que seja, até mesmo além das montanhas e mares; e pode ultrapassar qualquer defesa quanto mais forte que seja, tão forte quanto a melhor armadura e escudo.” Isso demonstra quão forte e invencível as pessoas podem ser se elas tiverem elevadas aspirações. Durante a Revolução da China, desenvolvimento e reforma, inumeráveis membros do Partido deram suas vidas pela causa do Partido e do povo. O que os fortaleceu foi a força moral que eles ganharam, sendo da mais destacada importância, e relacionada diretamente aos seus ideais revolucionários.
Deveria ser totalmente admitido que muitos de nossos oficiais são firmes em seus ideais e convicções, e que são politicamente confiáveis. Ainda assim, existem alguns oficiais partidários que falham em atender tais qualificações. Alguns são céticos sobe o comunismo, considerando-o uma fantasia que nunca se tornará verdade; alguns não acreditam no Marxismo-Leninismo mas em fantasmas e deuses, e buscam apoio espiritual em superstições feudais, demonstrando intenso interesse em adivinhação, cultuar Budha e o “conselho de deus” para solucionar seus problemas; alguns possuem pouco senso de princípio, justiça, certo e errado, e cumprem seus deveres em um estado de desconfiança; alguns até clamam por sistemas sociais e de valores ocidentais, perdendo sua confiança no futuro do socialismo; e outros adotam uma atitude equivocada diante das provocações políticas contra as lideranças do PCCh, sobre o caminho do socialismo com características chinesas e outras matérias de princípio, passivelmente evitam usar argumentos relevantes não tendo a coragem de expressar suas opiniões, ou até mesmo usando mensagem ambíguas de forma deliberada. Não é uma monstruosidade absurda que oficiais do Partido, especialmente de altas posições, não tomem parte em assuntos de grande problemas de princípio, incidentes políticos e temas sensíveis?
Alguns dizem que oficiais precisam “estimar sua reputação.” Isso vai depender de que tipo de “reputação” eles estão estimando. É a “reputação” que vai ser aplaudida pelo povo com razões ulteriores, ou é a reputação por estar agindo no interesse no Partido e do povo? Um membro do Partido deve apenas estimar a segunda reputação, e seria calamitoso se ele estivesse pendendo para ganhar a primeira!
Por que as quatro prevaricações estão prevalentes hoje em dia? Por que alguns oficiais estão se corrompendo, acabando por se tornar em criminosos? Na análise final, é porque eles não têm firmeza em seus ideais e convicções. E ocasionalmente falei que ideais e convicções são a “medula” moral dos comunistas. Ser firme em nossos ideais e convicções vão “endurecer nossos ossos”, enquanto uma ausência de ideais e convicções ou fraquejar em nossos ideais e convicções vão levar à fatal fraqueza moral.
Fatos têm sido repetidamente provados de que o momento mais perigoso é quando uma fraquejada faz com que comecem a aparecer dúvidas sobre seus ideais e convicções. Por muito tempo eu venho me questionando se nós fomos confrontados com uma situação complexa como a “revolução colorida”, se nossos oficiais agiriam resolutamente para garantir a segurança das lideranças do Partido e do sistema socialista? Eu acredito que muitos dos membros do Partido e oficiais são capazes de fazê-lo.
Durante a guerra revolucionária, ou um oficial era firme em seus ideais e convicções fosse julgado se ele arriscar sua vida pela causa do Partido e do povo, e caso ele fosse avançar assim que soasse a corneta. Esse era o teste mais direto. Existem, ainda, testes de vida e morte em nosso estágio atual de desenvolvimento pacífico, mas são em número muito menor. Como resultado, é realmente muito difícil de se testar caso um oficial seja firme em seus ideais e convicções. Até mesmo raios X, tomografias computadorizadas e ressonância magnética não irão ajudar.
Ainda assim, restam formas de se testar nossos oficiais. Nós precisamos identificar se eles possuem a determinação política para enfrentar os maiores desafios políticos, ter em mente os objetivos fundamentais do Partido, performar seus deveres em de uma maneira extremamente responsável, se são os primeiros a assumir duras penas e os últimos a assumir prazeres, se são estão preparados para assumir responsabilidades em face de urgentes, difíceis e perigosas tarefas, e se conseguem resistir às tentações do poder, dinheiro e sexo. Tal teste não pode ser realizado do dia para a noite baseado em algumas tarefas que um oficial cumpre ou em alguns juramentos que ele faz; é um processo que depende do comportamento do oficial em um longo período, até mesmo durante sua vida.
É essencial que os oficiais partidários defendam princípios e prontamente assumam responsabilidades. “Evitar responsabilidades é a grande desgraça para um oficial.” As responsabilidades que um oficial assume demonstram sua ampla visão, coragem e competência. Maiores as responsabilidades que ele assume, maiores empreendimentos ele consegue realizar.
Com a mentalidade do “cara legal” correntemente prevalecendo entre alguns oficiais, tem se tornado lugar comum que muitos oficiais não ousem criticar erros ou assumir responsabilidades, ou estão indispostos a fazê-lo. Alguns oficiais sem mantém em bons termos com todos em detrimento dos princípios, pois estão com medo de ofender pessoas e perder votos, mantendo a crença na filosofia vulgar do “mais flores e menos cravos.” Eles não se preocupam com nada além de seus próprios assuntos e não farão nada amenos que seus interesses pessoais sejam afetados, se satisfazendo por atuarem porcamente e por realizarem nada. Alguns oficiais não estão cumprindo com seus deveres apropriadamente. Eles esquivam-se dos problemas difíceis e de matérias de atenção pública, discutem e transferem a responsabilidade, e enfrentam suas responsabilidades de uma maneira superficial, com seus atrasos que transformam pequenos problemas em grandes e grandes problemas em terríveis. Alguns oficiais são figuras suaves que lidam com os assuntos de maneira excessivamente “esperta”, escolhendo trabalhos e postos mais fáceis enquanto fogem dos difíceis, pensando em nada além da autopreservação em face dos desafios, correndo por reivindicar créditos por sucessos, e evitando responsabilidades quando qualquer problema surge. O que é mais assustador é que alguns desses oficiais são populares, estando bem inclusive em círculos oficiais, ganhando mais do que outros enquanto contribuem menos. Como a causa do Partido e do povo pode prosseguir se têm muitos desses “caras legais”, pessoas de caráter “suave”, aqueles que sempre “passam a transferem a responsabilidade para outros”, ou aqueles que vacilam como “ervas daninhas no topo da parede”? Esses problemas são extremamente perigosos, e maiores esforços devem ser feitos para resolvê-los.
Ultimamente, altruísmo leva à coragem para assumir responsabilidades. Coragem nos dá paz de espírito. Bons oficiais devem dedicar o máximo de importância às suas responsabilidades, colocar os princípios e a causa do Partido e os interesses do povo em primeiro lugar, tomar uma inequívoca e forte ação quando se dirigindo aos problemas, cumprindo seus deveres sem reclamar e de maneira diligente, e garantir seus esforços até o resultado final. “Grama robusta suporta altos ventos; ouro verdadeiro sustenta as provas de fogo.” Para a causa do Partido e do povo, nossos oficiais devem ser bravos o suficiente para pensar, para enforcar iniciativas e assumir as consequências, atuando como a “grama robusta” e “ouro verdadeiro” dos nossos tempos.
É claro que, estar pronto para assumir responsabilidades para a causa do Partido e do povo, não é para fama pessoal. Ser arrogante e autoritário não é ser corajoso em assumir responsabilidades. Durante os períodos da Primavera e do Outono, havia um oficial sênior chamado Zheng Kaofu, que serviu vários duques no Estado de Song. Ele tinha reputação por ser altamente disciplinado. Ele gravou um lema em um ding no templo ancestral de sua família, que lia, “Cabeça baixa quando eu fui promovido pela primeira vez, costas arqueadas quando fui promovido pela segunda vez, e cintura curvada quando fui promovido pela terceira vez. Ninguém me insulta se eu me manter próximo à parede quando andar na rua. A única coisa que eu preciso é essa vasilha para cozinhar mingau.” Eu estou profundamente impressionado por essa história. Nossos oficiais são oficiais do Partido, e seu poder é garantido pelo Partido e pelo povo. Assim, eles deveriam fazer esforços cada vez mais destemidos e demonstrar uma cada vez maior determinação em seu trabalho, e conduzir a si mesmos modestamente e de maneira prudente, livres da arrogância e grosseria.
Em segundo lugar, como alguém pode se tornar um bom oficial? Bons oficiais não emergem espontaneamente. Para se tornar um bom oficial, tanto esforço pessoal e treinamento das organizações partidárias são necessárias. Para oficiais, seu esforço pessoal é essencial, porque esse é o fator interno decisivo em seu desenvolvimento pessoal.
O comprometimento à causa do Partido, assim como a consciência teórica e valores morais de um oficial não são alavancados automaticamente junto a uma longa estada no Partido ou em um posto superior. Na verdade, o alavancamento exige esforços de toda vida. Para se tornar um bom oficial, precisa-se constantemente remodelar a visão própria subjetiva de mundo, e fortalecer-se no comprometimento junto ao Partido e ao refinamento moral. Precisa-se comprometer rigorosamente com a Constituição do Partido e as exigências para membros do Partido, “ser duro com sigo mesmo e leniente com outros.” Membros do Partido devem sempre se comportar de maneira apropriada, se escrutinizar, manter-se alertas para “resistir à miríade de tentações de um mundo deslumbrante,” e trabalhar duro e ser honestos, limpos e dedicados.
Aprender é a escada do progresso. Oficiais precisam ser bons em aprender e a pensar, estudar conscientemente teorias marxistas, especialmente o sistema teórico do socialismo com características chinesas, foco no ponto de vista, nas posições e métodos dessas teorias, e melhorar sua capacidade para o pensamento estratégico, inovador, dialético e com princípios, para que sejam capazes de julgar corretamente situações contemporâneas, e se manter com uma boa cabeça e determinação política. Eles também devem enriquecer seus conhecimentos em várias temáticas, melhorar sua estrutura de aprendizado, e acumular experiências, para estabelecer uma base sólida para o cumprimento de seus deveres.
Além de aprender, bons oficiais devem também ter foco no prática. “Ouvir não é tão bom quanto ver, e ver não é tão bom quanto vivenciar.” Conhecimento e experiência são como duas asas em uma águia, da qual pode voar alto e longe somente se quiser ver o mundo externo e fortes tempestades. Oficiais devem ir à base para ver a real situação e se comunicar com o povo, e assim eles poderão refinar a si mesmos e melhorar suas habilidades em sua parte do trabalho pela reforma e abertura, estabilidade, e servir ao povo.
Bons oficiais precisam ser treinados por organizações partidárias. Nós precisamos focar mais no treinamento de oficiais de acordo com as mudanças das circunstâncias e do desenvolvimento da causa do Partido e do povo. Nesse treinamento, nós devemos prestar mais a atenção na educação e comprometimento ao Partido, virtude e moralidade, consciência sobre o objetivo final do Partido, e noção sobre servir ao povo. Nós também precisamos fortalecer o treinamento de oficiais em circunstâncias práticas para facilitar o progresso. Treinamento em circunstâncias práticas não é uma forma de conseguir se destacar nem é um processo rotineiro antes da promoção. Se esse é o caso, os oficiais não irão devotar-se de todo coração ao treinamento e não irão se manter próximos ao povo. O treinamento será apenas um show.
Para além disso, nós precisamos melhorar a supervisão da conduta de oficiais de maneira regular. O exercício de poder sem supervisão vai definitivamente levar a corrupção. Isso é um axioma da lei. Não é um processo fácil treinar um oficial, então cuidados necessários devem ser adotados para melhor administrar e supervisionar os oficiais e mantê-los alerta “como se eles estivessem pisando em gelo fino ou de pé diante de um abismo.” São necessárias conversas francas com oficiais, para que seus erros sejam corrigidos em tempo, e seu entusiasmos encorajado. Essa é uma boa tradição que nós mantemos.
Terceiro, como nós podemos garantir a boa performance de um oficial? Utilizar bons oficiais após o seu treinamento adequado é a chave. Qual o propósito do treinamento se nós não utilizarmos os bons oficiais ou se impedirmos que eles exerçam sua função? Emprego de pessoas competentes vai atrair mais pessoas competentes, e todos os outros os tomarão como exemplos. O tipo de oficiais que nós empregamos é um cata-vento político que determina a conduta de nossos oficiais e até mesmo a conduta de todo o Partido.
Deve ser notado que algumas localidades e departamentos não estão adotando a abordagem correta na indicação de oficiais. Alguns oficiais oportunistas com integridades duvidosas e competência profissional insuficiente foram frequentemente promovidos, enquanto aqueles que se devotam ao trabalho e não constroem conexões sociais para se promover não possuem tais oportunidades. Isso fez crescer um grande descontentamento entre os oficiais e o público geral. Comitês do Partido e organizações departamentais em todos os níveis precisam aderir ao princípio de que o Partido deve supervisionar a performance dos oficiais e a correta abordagem para a indicação de oficiais, selecionando oficiais na base de tanto a integridade moral quanto competência profissional com a prioridade dada à primeira, tentar selecionar e indicar pessoas competentes e virtuosas de maneira ordenada, e aloca-los em postos adequados de acordo com suas habilidades. Apenas dessa forma podemos selecionar e empregar oficiais bons e competentes.
Para empregar oficiais a coisa mais importante é conhecê-los. Se nós não conhecermos eles profundamente e corretamente nós podemos emprega-los de forma inapropriada. “Não ter ideia das forças e fraquezas de uma pessoa, a parte fraca da força, ou parte forte da fraqueza, nós não temos meios para indica-lo sequer para treiná-lo.” Nós não podemos julgar um oficial pela impressão ou pelo sentimento pessoal. Nós precisamos ter um bom sistema e bons métodos para avaliar oficiais, refletindo em vários setores, em vários níveis e com várias perspectivas.
Nós precisamos observar de perto nossos oficiais e acompanhar como agem para com grandes questões, sua preocupação com o povo, sua conduta moral, sua atitude para com a fama e a fortuna, seu raciocínio, sua maneira de lidar com questões e obter resultados, e sua competência no trabalho. A avaliação e observação dos oficiais são feitas diariamente no trabalho, mas o melhor hora é em grandes eventos e em momentos críticos. “Para entender a boa música apenas depois de cantar mil canções; achar uma boa espada apenas depois de apreciar mil espadas.” A performance de um oficias reflete em seu trabalho, e sua reputação é ganha do público. Então nós precisamos ir à base e ouvir suas opiniões do povo, e julgar a conduta moral de um oficial nos “grandes eventos” tal qual em “pequenos eventos”.
Para empregar bons oficiais, nós precisamos observar suas performances e condutas morais em geral, tanto no longo quanto no curto prazo. Aqueles que são competentes possuem personalidades distintas, estão prontos para assumir responsabilidades, e estão dispostos a ofender algumas pessoas pelo bem de atender aos princípios podendo receber comentários diferentes. Organizações partidárias precisam dá-los uma avaliação correta. Também é difícil atender corretamente à performance de oficiais. Nós precisamos melhorar os métodos e meios de avaliação. Na apreciação da performance de oficiais, nós devemos prestar igual atenção ao crescimento econômico e à base econômica original, e a tanto realizações tangíveis quanto intangíveis, e a indicadores integrados quanto a indicadores dedicados ao melhoramento do padrão de vida das pessoas, ao progresso social e meio ambiente. Nós não podemos mais julgar a performance dos oficiais somente pela taxa de crescimento do PIB. Alguns oficiais tendem a tomar decisões abrutas, iniciar projetos sem pensar duas vezes, deixando, finalmente, uma bagunça por onde passam, mas ainda assim são promovidos sem ser responsabilizados. Nós não podemos deixar isso acontecer mais. Eu venho dizendo que nós precisamos implementar sistemas de responsabilização para atender a temas assim, e garantir que os oficiais relevantes sejam responsabilizados ao longo de suas vidas. O departamento organizacional do Comitê Central do Partido deve atender a isso imediatamente.
Para empregar bons oficias nós precisamos tomar uma abordagem científica e indicar a pessoa certa, no momento certo e para a posição certa. Atualmente, algumas localidades tendem a indicar oficiais de acordo com a senioridade ou para buscar o equilíbrio ao invés de ir de acordo com seus méritos, aptidão ou habilidades profissionais. Como consequência, os oficiais indicados encontram dificuldade para performar seus deveres, legando, pois, problemas não resolvidos e trabalhos não realizados.
Que tipo de oficial indicar e qual posição é adequada para ele deveriam ser parte da análise dos exigências para o trabalho. Nós não devemos indicar um oficial simplesmente porque existe um posto, ou por conta de ser um meio para recompensá-lo. “Um bom cavalo pode correr por caminhos perigosos, mas não pode arar o solo como um boi; um carroça forte pode carregar objetos pesados, mas não pode atravessar rios como um barco.” Nós devemos ter um bom senso ao adquirir pessoas talentosas por caminhos diferentes e por diferentes métodos, trata-los como tesouros, e deixa-los demonstrar suas habilidades livremente. Apenas assim, vastas quantidades de bons oficiais irão emergir para contribuir com sua inteligência e conhecimento.
Existe um fenômeno que nós devemos tomar notícia. Julgar um oficial em sua performance no trabalho em uma localidade ou unidade, saiba-se que as pessoas têm seus próprios comentários, prática possui suas próprias provas, e líderes possuem a mente limpa, mas a indicação final geralmente não é acompanhada das reais demandas, e geralmente decepciona o povo. A razão para isso é o egoísmo de alguns oficiais líderes, relacionamentos obscuros ou “regras secretas” que as pessoas se escondem por trás. Influenciados por esses fatores não saudáveis, oficiais não são mais indicados por seus méritos, mas por favoritismo ou por buscar ganhos pessoais. Oficiais e o público abominam muito essa prática, então nós devemos fazer resolutos esforços para mudá-lo e torná-lo um processo limpo.