Este é um ensaio sobre René Magritte, ou não é?
“Tudo que vemos esconde uma coisa; nós sempre desejamos ver o que está escondido pelo que nós vemos” (Magritte, 1979). Isso é o que René Magritte disse sobre sua pintura “O Filho do Homem”. Muitos dos trabalhos de Magritte parecem focar nessa ideia. A ideia de que existem complexidades para tudo que a maioria das pessoas nunca veem porque estão obscurecidas pela aparente situação, e pelas expectativas e visões de funil dos outros.
Usando livros, pinturas, e textos traduzidos, esse ensaio irá examinar Magritte e sua natureza contraditória. Essa figura misteriosa que tem uma aparência burguesia e que gastou sua vida enfraquecendo e subvertendo os princípios burgueses. Essa pessoa que pintava e escrevia para deliberadamente forçar a audiência a pensar por ela mesmo.
Magritte nasceu em 1898, em Lessines, Bélgica, uma área bastante cosmopolita do país. Sua família se mudou para Chatelet quando ele tinha 12 anos de idade, época em que começou a desenhar e pintar pela primeira vez. Depois de encontrar um artista em um cemitério abandonado onde ele costumava brincar, Magritte disse que pintar para esse artista era uma “atividade mágica” (Gablik, 1985, p. 18). Magritte começou sua carreira formal depois que sua família se mudou para Bruxelas em 1917.
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Ele exibiu seu primeiro quadro intitulado “Três Mulheres”, que era reminiscente das primeiras pinturas cubistas de Picasso. Aparenta-se existir uma certa confusão sobre a data deste trabalho, já que no livro de Gablick (Gablick, 1985, p. 19) e no livro de Zeri (Zeri, 2001, p. 14) é colocado que essa obra foi exposta em 1919, entretanto, o livro de Gablick e Meister (Meister, 1971, p. 163) dá a data de finalização da pintura em 1922. É possível que ela foi exibida em 1919 como um trabalho incompleto, o qual foi completado em 1922. Está fora do escopo deste ensaio resolver essa questão, mas este é um tema que é bastante de se pesquisar posteriormente. Como visto na maioria de suas pinturas deste período, como Garota e Juventude, ele era bastante influenciado pelo cubismo e pelo futurismo, embora o futurismo era pouco ortodoxo naquele período devido ao seu uso do erotismo. É então uma não grande surpresa que o trabalho de Magritte foi uma grande influencia na pop arte dos anos 60 e influenciou artistas como Andy Warhol, nos quais seus filmes brincam em vários momentos com o erótico (Gablik, 1985, pp. 19-21).
Ironicamente, Magritte sentia que os artistas pop não era realmente vanguardista dado o seu sucesso comercial e não tinha certeza se ele gostava de ser considerado um predecessor da pop arte. Ele uma vez disse “Eu percebo que a arte de vanguarda real tem sido sempre mal recebida, onde a arte de vanguarda falsa é enormemente bem-sucedida. A pop arte tem uma falta de autenticidade que daria o poder para ela ser provocativa.” Ele também não reconhecia sua critica social ao consumismo. Foi, entretanto, a emergência da pop arte e a influencia de seu trabalho nesse movimento que fez ele conseguir a fama internacional que queria (Magritte, 2016, p. xiv).
Talvez mais apropriadamente, Magritte fosse um homem de contradições. Ele era famoso por ter uma aparência burguesa e entretanto, gastou sua vida enfraquecendo e subvertendo a burguesia. “Ele costumava se chamar de agente secreto”, um amigo dele recordou em um obituário do New York Times, “por isso, acredito que ele queria aludir ao contraste entre sua aparência e sua realidade. Ele parecia um banqueiro de uma cidade pequena, mas sob a inocência desse banqueiro, havia a personalidade bastante revolucionária de Magritte” (Magritte, 2016, p. xi).
Em uma carta ao Partido Comunista da Bélgica, o qual Magritte entrou logo após a Segunda Guerra Mundial, ele diz, “O único modo que poetas e pintores podem lutar contra a economia burguesa é dando aos seus trabalhos precisamente o conteúdo que desafia os valores ideológicos burgueses que dão impulso a economia burguesa.” (Magritte, 2016, p. xiv). Essencialmente, Magritte queria desmantelar a economia burguesa por dentro, parecendo um deles, porém, produzindo trabalhos que mostravam o lado lunático do racionalismo burguês, que insiste que tudo deve ser tomado pelo valor de face, aparente.
Sob a luz da ultima afirmação, é de certo modo irônico que desde seu falecimento, o seu trabalho adquiriu um grande valor monetário, assim se tornando um outro veiculo de investimento e logo, seu legado está auxiliando a própria economia burguesa que ele estava tentando desafiar. De diversos modos, esse é o caso da frase bem conhecida do crítico francês, jornalista e escritor, Jean-Baptiste Alphonse Karr, “plus ça change, plus c’est la meme chose”. Isso se traduz como, “quanto mais muda, mais permanece a mesma coisa”.
Magritte é interessante pela sua intenção de subverter os preconceitos das pessoas e suas ideias pré-concebidas. Suzi Gablik comenta em seu livro que “As pinturas de Magritte tem a intenção de serem um ataque nas ideias pré-concebidas da sociedade, no bom senso pré-determinado” (Gablik, 1985, pp. 9 – 10). As pessoas veem apenas uma camada superficial da vida dos outros e influenciados pelas suas crenças pessoais e o aparente contexto da situação, leem elas de modo equivocado e usam esses mal-entendidos e ignorância para justificar seus próprios preconceitos. Magritte desafia esse fenômeno ao produzir trabalhos que requerem um pensamento livre para entender. Ele lembra sua audiência para “não recorrerem ao habito e as emoções prescritas, mas sim para interrogar as coisas e pensar por si mesmos” (Magritte, 2016, p. xviii).

As pinturas de Magritte muitas vezes deliberadamente escondem ou deixam obscurecidas as coisas de nós, forçando-nos a questionar e pensar por nos mesmos sobre o mundo. Seu famoso trabalho, “A Traição das Imaagens” (Figura 2), tem um cachimbo com uma legenda escrito “Isto não é um cachimbo”. Isso pode ser um lembrete a audiência que o que eles estão vendo é uma pintura e não é diretamente o objeto que representa. Trazendo a tona um número de questões filosóficas já que a audiência está olhando para a imagem de um objeto, em vez do objeto em si. Se esse é o caso, ele está fazendo um comentário sobre a representação iconográfica que o filósofo Wittgenstein aprofundou em seu trabalho “Tractatus Logico-Philosophicus”.
Em sua obra, Wittgenstein coloca que “o pensamento é a proposição significante”, o que traz atenção ao fato que ao usarmos palavras para comunicar nossos pensamentos mais profundos sempre existe um grau de imprecisão dado a incompatibilidade entre palavras e o que elas representam. (Wittgenstein, 2013). É possível que Magritte esteja tentando enganar a audiência, já que o cachimbo pode não ser o cachimbo realmente, mas um outro objeto que foi distorcido para se parecer ou representar um cachimbo. Magritte uma vez disse “qualquer forma antiga pode substituir a imagem de um objeto (Magritte, 2016, p. 34)”. Todas essas ideias se resumem aos problemas de associar uma imagem com um objeto, uma palavra com um objeto, um objeto com o seu propósito. Ele fala sobre isso de modo longo no seu trabalho La Révolution Surréaliste no. 12. São ideias como essa que ele acreditava que poderiam auxiliar no desmantelamento da economia burguesa ao subverter o seu racionalismo.

O Filho do Homem (Figura 3) é provavelmente a pintura mais conhecida de Magritte. A citação de abertura desse ensaio se refere a esta pintura. A maça na frente da face do homem simboliza como tudo que nós vemos obscurece algo. Como ele mencionou, “um objeto dá dica de outros objetos por trás dele (Magritte, 2016, p. 33)”. De modo muito parecido com o que ele fez em obras como A Condição Humana (Figura 4), ele deliberadamente cobre parte da imagem com um objeto dando a necessidade de levantar questões sobre o que realmente estar por trás dele.
Embora esse fosse um dos trabalhos menos conhecidos de Magritte, ele é uma das mais interessantes reflexões sobre o personagem de Magritte. Três Panfletos foi escrito por ele em 1946, nele são inclusos: Idiota, Pedinte Bobo e Maldito. São interessantes também por serem escritos, em vez de pinturas. Em Idiota, Magritte diz, “Bons patriotas são idiotas; bons patriotas estragam o país. Toda hora, todo dia, pelo menos um patriota não tem papas sobre cagar no sagrado solo dessa terra nativa…” Isso essencialmente implica na intolerância e hipocrisia dos Patriotas. Ele chega a dizer “padres são idiotas; eles nãos sabem coisa alguma sobre religião”. Ele não chega a explicar o porque essas pessoas são idiotas, mas ele implica que eles são hipócritas. Ele dá outros exemplos similares de Idiotas antes de dizer “Leitor, você é um idiota (Magritte, 2016, p. 76)
Em Pedinte Bobo ele comenta, “Politico tem bagunçado o mundo com as suas guerras. Agora eles estão preparando a fome.” Então, antes de terminar seu texto, “Leitor, você é um perfeito idiota. Você deveria ser derrubado.” É possível que por “Leitor”, ele queira dizer todo mundo, incluindo ele mesmo, já que todos poderiam ler seu trabalho, incluindo ele também, caso contrário ele está direcionando suas palavras diretamente ao leitor. Isso novamente se soma a sua natureza contraditória, já que se ele estiver se referindo como “leitor” junto com a audiência”, ele está sendo um hipócrita que panfleta sobre a hipocrisia, de outra forma, ele está simplesmente expondo intolerância e hipocrisia. Isso é mais evidencia de sua ridicularização da burguesia e sua fidelidade aos seus valores marxistas.

A Condição Humana (Figura 4), é uma pintura de série de obras que Magritte produziu mostrando um pincel segurando um quadro onde existe uma pintura da cena por trás do quadro. É difícil enxergar onde a paisagem atrás do quadro encontra a imagem do quadro, já que existe apenas uma fina linha separando os dois, o que representa o contorno do quadro. Essa série de pinturas questiona onde fica a borda entre a realidade e a sua representação. Também pode fazer a pessoa se perguntar se a pintura no quadro é uma representação correta do que está por trás dele. Se o quadro fosse movido para mostrar a cena atrás dele, seria ela diferente? Pode ser que Magritte esteja escondendo algo com o quadro, por exemplo, uma larga fábrica ou outra grande desfiguração ou disrupção da paisagem. Nesta pintura (Figura 4), existe apenas uma linha branca de um lado do quadro, enquanto no outro lado dele parte do quadro está cobrindo parte das cortinas que determinam onde o quadro começa e termina. Essa pintura contem as fundações de uma imagem de recursão, onde uma pintura contem ela mesma é vai indo até onde a resolução da pintura permitir. Enquanto essa pintura não tem a recursão no seu sentido comum, ela tem o potencial para isto.
Magritte era diferente de outros surrealistas de seu tempo. Salvador Dali, que era muito mais famoso que Magritte, tinha um estilo que era mais esteticamente complexo mas, tinham uma simbologia relativamente simples e não deixava muito para a imaginação. O estilo de Magritte tende a não revelar muito para a audiência e deixa um tempo para eles absorverem e analisar a simbologia da imagem. Nesse assunto, Dali não é uma influencia sob Magritte ou vice-versa.
Em relação a Max Ernst, ele é novamente diferente com a sua aproximação. Ernst, como Dali, tendia a pintura com uma complexidade estética maior e também sem ilusões ou quebra-cabeças como as pinturas de Magritte. De acordo com o crítico de arte Adrian Searle, Magritte pintava de uma maneira “completamente convencional, inexpressiva, até mesmo ilustrativa”. Ele também diz que “é fácil em relação a Magritte coloca-lo como um melhor criador de imagens e inventor de enigmas visuais e verbais do que como um pintor (Searle, 2011)”. Isso sumariza bem Magritte. Um mestre de enigmas visuais, mas não um pintor de trabalhos esteticamente prazerosos.
Magritte era uma “realista” surrealista nas palavras de Mariana Borges Vera FYSE. Sob esse aspecto, ele era único no mundo dos surrealistas já que “ele mantinha uma qualidade realista nas suas pinturas, algo que não interessava muito os artistas surrealistas. Em vez de aplicar as noções surrealistas de distorção da realidade em relação a aparência física dos objetos familiares em sua obra, Magritte escolheu dar a esses objetos a permanência física familiar que eles tem na vida real, e adulterada com outros fatores que nós achamos que são garantidos: gravidade, escala e as relações de dentro e de fora (Veras, 2009)”. Em adição a isso, seu trabalho pode ser comparado com o de Alfred Stevens, o artista belga que era um dos contemporâneos de Magritte. Existe um alto nível de detalhe realístico no trabalho de Stevens que é presente nos trabalhos de Magritte num menor grau.

Saindo de outros surrealistas, M. C. Escher, o artista gráfico holandês pode ter sido uma influencia em Magritte e vice-versa. Patrick Elliot, curador sênior na Galeria Nacional Escocesa de Arte Moderna diz que Escher “tem muito em comum com os surrealistas […] mas ele não tinha nada como nenhum deles. (Mansfield, 2015).” Seu trabalho, entretanto traça alguns paralelos. Por exemplo, existe um elemento parecido com uma tira de Mobius presente em muitos trabalhos de Escher (Figura 6) que também aparece em algumas das pinturas de Magritte (Figura 7). Muito dos trabalhos de Escher envolvem quebra-cabeças e paradoxes interessantes, em modo mais matemático e técnico, mas ainda assim, de certo modo similar com o trabalho de Magritte. Em “Para Não Ser Reproduzido” (Figura 7), existe um homem mostrado de costas encarando um espelho, onde é refletido suas costas em vez de sua frente, entretanto, ele reflete todas as outras coisas de modo perfeito. Essa é uma forma limitada de recursão, uma imagem dentro de si mesma. Isso é similar a natureza cíclica das escadas do trabalho de Escher chamado, Relatividade (Figura 6), as escadas formam uma escadaria impossível, uma tira de Mobius onde o interior é o exterior e vice-versa.

Em 1922, Magritte conheceu Marcel Lecomte, que mostrou a Magritte uma reprodução da pintura de Giorgio de Chirico, A Canção do Amor (Figura 8). Ele teve dificuldade em lutar contra as lágrimas. Uma vez ele disse em uma entrevista, “foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida: meus olhos viram o pensamento pela primeira vez (Magritte, 2016, p. 230)”. Algumas pinturas de Magritte como O Homem do Mar Aberto e a Estatua Voadora são uma reminiscência do trabalho de De Chricio, pois contêm manequins. Além disso, Os Direitos do Homem poderiam ser inspirados por De Chricio como os seres antropomórficos são semelhantes a vários desenhos a lápis de De Chirico de 1917. “O casamento da meia-noite é altamente sugestivo das Duas Irmãs de De Chirico, em que um crânio falso é adornado com uma peruca (Gablik, 1985, p. 33).”

É evidente que ele influenciou Andy Warhol e outros artistas pop. Em muitos aspectos, artistas como Warhol adotaram os conceitos de Magritte e os renderam de forma simplificada, tornando-os acessíveis a um novo público. Apesar de Magritte não gostar de ser considerado um precedente para eles devido à sua natureza comercial, suas próprias pinturas ganharam sucesso comercial em seus últimos anos e um artigo nas menções da Christie, “ele nunca abandonou o mundo comercial (Christie’s, 2017)”. Ele influenciou muitas pessoas ao longo dos anos, e mesmo muitos anos após sua morte, seu legado continua vivo. Ele dirigiu uma agência de publicidade chamada Studio Dongo com seu irmão na década de 1930. Em um barraco em seu jardim, Magritte criou cartazes, capas de música e anúncios até a década de 1950, muito tempo depois de ter se tornado reconhecido internacionalmente como artista”.
Muitos de seus trabalhos se tornariam ícones para grandes empresas; Seu pássaro celeste, por exemplo, tornou-se o emblema da Sabena, a companhia aérea belga. Suas obras de arte continuaram a alimentar a publicidade até 50 anos após sua morte. Algumas das campanhas publicitárias influenciadas por Magritte incluem anúncios de estradas de ferro estatais francesas, anúncios da Volkswagen dos anos sessenta por Doyle Dane Bernbach; uma série de anúncios da Allianz que se apropriaram do motivo Ceci n’est pas un Pipe e anúncios da Absolut Vodka. Ele influenciou o filme promocional de 1970 para a música Astral Traveler da banda de rock progressivo Yes. Ele influenciou a capa do álbum Mull of Kintyre, de Paul McCartney & Wings, a maçã usada pela gravadora dos Beatles, a Apple Records, e até, de forma indireta, a maçã monocromática com uma mordida usada pela Apple como logotipo.

O remake de 1999 de The Thomas Crown Affair, estrelado por Pierce Brosnan, apoiou-se fortemente nas imagens e técnicas de Magritte. Ele apresenta o roubo de uma obra de arte de um museu usando um truque muito parecido com o Magritte de esconder um item à vista de todos. A pintura aparentemente foi roubada da galeria, mas na verdade ainda está presente, mas escondida atrás de uma perita falsificação de outra pintura pintada em cima, e só é revelada quando o sistema de sprinklers é ativado e a falsificação é lavada. Este truque é uma reminiscência das pinturas de cavalete que foram mencionadas anteriormente. Chapéus de coco são usados como parte de um disfarce no filme e a pintura do Filho do Homem é apresentada várias vezes. (The Thomas Crown Affair, 1999)
Em alguns casos, direta e indiretamente, Magritte influenciou muitas imagens usadas na cultura popular durante a maior parte do século 20 e continua a influenciar a cultura popular até hoje. Ele era um rebelde político antifascista e membro do Partido Comunista Belga, para o qual escreveu muitas cartas. Sua obra enfraqueceu taticamente o racionalismo burguês e, no momento em que outros artistas pintavam imagens fantásticas, apresentava enigmas visuais usando imagens realistas. A ironia de tudo isso reside no fato de que seu sucesso afetivamente o estabeleceu como o novo burguês, uma posição que mais tarde na vida ele parecia bastante resignado a habitar. Nos últimos anos, a Christie’s vendeu pinturas de Magritte por até 14 milhões de libras. Apenas dirigindo uma agência de publicidade, uma atividade que, necessariamente, ajudou a sustentar a economia burguesa que ele supostamente procurava solapar, revelamos mais uma camada de contradição nesse complexo artista.
Isso nos leva de volta à nossa questão de abertura, é este ensaio sobre o verdadeiro René Magritte, ou ele mesmo foi uma de suas próprias criações artísticas paradoxais?
Referências
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Artigo originalmente escrito por Susan Day, para seu Medium.
Disponível em inglês neste link.
Tradução por Andrey Santiago
Excelente texto.
Obrigado.
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